O vento frio de fim de tarde carregava um aroma das folhagens próximas, enquanto Tábata esperava ao lado de Paulina e o corretor de imóveis, indicado por Guilherme, em frente ao prédio comercial que visitariam naquele dia. O local era praticamente deserto e a fachada nem um pouco atraente, mas tinham esperança de ser aquele o local para a realização do sonho de Paulina.
Fugindo das declarações sobre sua filiação e da ansiedade com o processo de guarda, não hesitou em aceitar o convite para ajudar nas visitas ao futuro local que Paulina iniciaria sua empresa.
— Tá tudo bem, abelhinha? — perguntou para a bebê, que se agitava no carrinho. Lean olhou para ela com aqueles olhinhos amendoados, cheios de curiosidade, e soltou um som alegre que a fez sorrir.
— Espero que ela não demore — comentou Paulina, apertando a alça da bolsa. — Paola insistiu tanto para me encontrar que não tive alternativa... — lamentou.
Tábata assentiu, balançando levemente a cabeça enquanto acariciava o cabelo filha.