A sala ficou silenciosa por um instante, exceto pelo tique-taque discreto do relógio de parede, ao ponto que Guilherme conseguia ouvir as batidas de seu coração.
— É difícil nominar o que sinto quando o assunto é casamento. ... — Guilherme hesitou, os olhos fixos na mesa. — Depois de tudo o que aconteceu com minha mãe... — calou antes de mencionar o que passou com Simone. Era algo compartilhado apenas com Tábata e preferia que continuasse assim. — É difícil confiar...
— Não confia na Tábata?
Guilherme olhou para o amigo, os olhos âmbar revelando uma vulnerabilidade rara.
— Não confio em mim — Guilherme respondeu, passando uma mão pelo cabelo. — É só... você sabe como foi o casamento dos meus pais. — ele fez uma pausa, procurando as palavras certas. — Não tive um bom exemplo e tenho medo de cometer os erros deles... Acabar magoando ela, como minha mãe magoou meu pai.
Alessandro sorriu, um sorriso que transmitia compreensão e apoio.
— Vo