Quando o amanhecer desaba

Alguns dias haviam se passado desde a última consulta, e, naquela manhã, a casa amanheceu em um silêncio tranquilo.

A luz que entrava pelas frestas da cortina tingia o quarto de um dourado suave, e o ar ainda carregava o frio discreto da madrugada.

Quando Enrico abriu os olhos, percebeu que Cecília já estava acordada. Ela estava deitada de barriga pra cima, o olhar perdido no teto, os dedos desenhando distraidamente círculos sobre a própria barriga.

— Você acordou cedo… — murmurou ele, com a voz rouca do sono, aproximando-se um pouco.

Ela sorriu, sem virar o rosto.

— Eu acordei tem um tempinho.

Ele se apoiou no cotovelo, observando-a com ternura.

— Dormiu bem? — perguntou, embora soubesse a resposta. — Te vi se mexendo a noite toda.

Cecília soltou um pequeno riso, aquele tipo de som que quebrava o silêncio de forma doce.

— Dormi, sim. — disse, ajeitando o travesseiro. — Foi ela… — passou a mão na barriga com carinho — …que não parou quieta. Ficou se mexendo a noite inteira. Eu só esta
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