Abigail já havia se acostumado com os seguranças a seguindo o tempo todo. Não contestou a decisão de Marcos — sabia que o pai não voltaria atrás. Era uma medida de proteção, e, no fundo, ela até apreciava a preocupação. O problema era que, com os seguranças por perto, encontrar Sérgio sem levantar suspeitas se tornara quase impossível. Os dois só conseguiam se ver no escritório.
Com Ana ainda doente, Abigail assumira algumas funções dela, o que facilitava um pouco: assim, ela sempre arranjava uma desculpa para entrar na sala de Sérgio. Mas havia algo que a incomodava profundamente. Trabalhar no escritório do pai era bom, mas não era o que ela queria para a vida inteira. Já tinha perdido anos demais sempre o que agradava aos outros — queria fazer algo que fosse escolha sua. Lembrou-se da conversa com Sérgio e decidiu que era hora de conversar com Marcos.
Passou pela mesa de Susi sem dizer nada e bateu à porta.
— Pode entrar.
— Pai... está muito ocupado?
— Nunca, pra minha filha. — Ele s