Na manhã seguinte, o quarto de Abigail estava mergulhado em uma claridade suave. A luz do sol atravessava as cortinas finas, desenhando feixes no chão. Sérgio entrou devagar, acompanhado de Marcos e Luíza, trazendo no rosto o alívio por poder vê-la acordada mais uma vez.
Mas algo estava diferente.
Abigail estava sentada na cama, os cabelos desgrenhados, o olhar baixo, fixo em suas mãos pousadas sobre o lençol. Quando Sérgio chamou seu nome, ela ergueu a cabeça apenas por um instante, evitando encontrar os olhos dele.
— Dormiu bem? — ele perguntou com cuidado, a voz tentando soar leve.
— Acho que sim... — respondeu ela, a voz baixa, hesitante.
Marcos se aproximou, a emoção visível na forma como estendeu a mão.
Ela permitiu o contato, mas não correspondeu ao aperto. Seus olhos vagaram para o lado, como se a proximidade a deixasse desconfortável.
Luíza, tentando quebrar o silêncio pesado, sorriu e perguntou:
— Quer que eu te ajude a pentear o cabelo, mais tarde? Acho que vai fazer você s