Alguns dias haviam se passado desde aquela noite em que Sérgio, enfim, se permitiu ceder ao desejo que vinha tentando esconder. E, desde então, as coisas pareciam... diferentes.
Abigail não sabia exatamente como nomear o que acontecia entre eles, mas também não sentia necessidade de rotular. Sérgio já não a evitava, não erguia muralhas entre os dois, e embora ainda não falasse sobre sentimentos abertamente, seus gestos diziam mais do que ele parecia perceber. Os olhares demorados, os toques sutis, a forma como ele a ouvia com atenção quase reverente. Tudo isso falava.
E ela escolheu acreditar nesses sinais.
Naquela manhã, Abigail acordou mais leve. Passou os últimos dias mergulhada em uma pesquisa incansável sobre cursos, universidades, possibilidades. Depois de tudo o que viveu e o tempo que perdeu, havia decidido que era hora de recomeçar. Por ela, para ela.
Tomou banho, se arrumou com cuidado e desceu animada para o café, onde encontrou Marcos e Sérgio sentados à mesa. Isso a surpr