A segunda-feira avançava preguiçosa, com o sol da tarde filtrando-se pelas janelas do escritório. Havia um clima estranho no ar, como se tudo ao redor estivesse suspenso, em pausa. Mas para Sérgio, o tempo parecia correr em círculos. Desde o jantar com Abigail ele carregava um peso no peito — uma mistura de culpa, esperança e medo constante de que tudo pudesse desmoronar outra vez.
Abigail, por sua vez, tentava manter a compostura. Trocavam poucas palavras, a maioria profissionais. Mas havia algo no ar entre eles, algo que resistia. Não era mais só distância, era... tensão e esperança. Como se ambos estivessem caminhando às cegas, mas finalmente na mesma direção.
Naquela tarde, Sérgio foi até a mesa dela pois precisava falar com ela sobre uma reunião reagendada, ao notar sua cadeira vazia decidiu que iria esperar ali mesmo.
Caminhou até a mesa dela com o e-mail aberto no celular. Mas foi o som de outro celular que o interrompeu: o celular de Abigail vibrando. Na tela, número desconhec