A sala de segurança estava silenciosa, iluminada apenas pela luz azulada das telas. O segurança de plantão cedeu espaço, deixando Sérgio e Marcos se acomodarem diante do painel. Cada câmera revelava ângulos distintos do hospital: corredores desertos, recepção calma, o vaivém discreto de enfermeiros no turno da madrugada.
Marcos cruzou os braços, impaciente.
— Vamos direto para as datas em que você acredita que ela apareceu no quarto da Abigail.
O operador avançou os registros e, em segundos, a imagem de Regina surgiu no corredor. O coração de Sérgio acelerou. Ela caminhava com a mesma tranquilidade de quem se sabia invisível, parando diante de uma porta qualquer. Pouco depois, um homem de jaleco branco se aproximou.
— Espera… volta um pouco. — Sérgio pediu, inclinado para frente.
A cena se repetiu, Regina falando baixo com o enfermeiro, gesticulando discretamente. Alguns minutos depois, ambos desapareceram no mesmo quarto. O relógio no canto da tela marcava três e meia da manhã.
Marco