A noite que se seguiu ao Julgamento do Sangue Antigo foi escura e pesada, como se o prĂłprio cĂ©u pesasse sobre os ombros dos sobreviventes. O brilho azulado das runas ainda vibrava nos corpos de Lysandra e Aric, e a clareira parecia ter absorvido uma centelha de eternidade. Mas em meio Ă serenidade, um sentimento de urgĂȘncia abatia-se sobre todos: aquilo nĂŁo fora o final, e sim uma convocação para a batalha que viria.
No alvorecer seguinte, enquanto os primeiros raios de sol rompiam o nevoeiro do vale, o grupo emergiu da clareira com semblantes marcados â mas olhos acesos de propĂłsito. O corpo de Lysandra vibrava com a energia recĂ©m-revelada, como se carregasse o mundo inteiro em seu ventre. Aric, sempre vigilante, mantinha seu braço protetor ao redor dela, vigilante a qualquer sombra que ousasse se aproximar.
â Caminho de volta â iniciou Kael, a voz embargada de cansaço e seriedade â, serĂĄ ainda mais perigoso. Eralha sabe agora onde estĂĄ a criança. E Thalon Var começa a mover suas peç