Marlon
Enquanto eu caminho com mais de cinquenta homens me cercando com fuzil para o alto. Ouço e vejo gente chorando e com medo, mas nada disso me abala. Se todo mundo aqui for cúmplice, geral morre.
Meu corpo tá tenso, minha mente cheia de neurose, lembrando do jeito que ela ficou. O jeito que ela me olhou e tudo que aconteceu. O corte junto com o tapa que ela me deu, está ardendo pra caralho. Na hora eu vi estrelas. Papo reto.
De tudo que eu já esperei e já vivi, eu nunca imaginei tanta ousadia. Dentro do meu lar um porra dessa acontece de baixo dos meus olhos. Hoje e tenho que mata alguém.
Pinguelo — Chefe, o maluco que vendeu os lanche e os meno que trouxeram já tão aí dentro. _ Ele diz quando eu me aproximo da entrada do camarote.
Não digo nada e entro. Dentro tem um velho e uma mulher chorando e mais dos moleques. O quatro de joelho. O velho eu conheço. Sempre compro dele porque eu o conheço desde o tempo do meu pai.
Como nessa vida, mermo conhecendo eu não posso lev