Capítulo 7
GABRIELA NARRANDO
Quando o Tiago saiu do quarto, não deu nem cinco minutos e o Júlio entrou batendo a porta. Ele me encarou e falou:
— E aí, Gabriela, tá ficando maluca, pô? Pra que tu fez isso, mano? — ele se aproximava de mim.
— Por que você não me deixou morrer de uma vez? Você só me faz sofrer… me bate, me humilha e me abusa. — falei, chorando.
— Tá maluca, porra? Que mané abuso, tu é minha mulher e tem que tá disposta a hora que eu quiser. — ele falou. Uma lágrima escorreu dos meus olhos. Resolvi não bater boca porque não tava a fim de apanhar mais.
— Eu trouxe uma roupa pra tu se trocar. — ele disse, deixando a sacola de roupas na cadeira ao meu lado.
— Eu tô sabendo que tu já tá bem. O médico disse que tu vai passar a noite aí em observação. Vou deixar um vapor na porta: se tu precisar de alguma coisa ou se tentar fugir, a ordem é pra ele meter bala em tu, tá ligada?
Eu só concordei com a cabeça, sem responder nada.
Fui pro banheiro, me troquei. Quando voltei, uma en