O terno branco (II)

O sorriso de Zadock era como uma faca sem fio, que por vezes se esquecia que podia cortar.

Clarissa tocou de leve o antebraço dele. A unha desenhou um semicírculo delicado que só eu pude ver. Ouvi o grito da minha própria paciência, mas respirei fundo, tentando não perder o controle.

— Branco — observou, com a voz suave, um sorriso sedutor. — Quem diria que o pecado ficaria tão… puro quando usa branco.

Ele não respondeu. Fingiu um sorriso, que nem se deu por completo. Mal se deu ao trabalho de alargar totalmente os lábios. Eu observava tudo atentamente. E por isto percebi que ele não tirava os olhos da porta principal. Era como se um fio invisível o puxasse para o corredor que dava para a entrada. Aquilo me entregou a resposta que eu esperava, mas que no fundo, não queria: ele esperava Amanza.

Mas a fé que eu tinha em mim era teimosa. Endirei

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