Zadock me soltou e voltou para o cabideiro. A respiração estava contida, mas eu sabia que estava furioso.

Os ternos pretos, que não ficavam nada bem nele, agora eram como trajes de quem voltou da guerra. Havia no mínimo cinco cortes em cada um. Cada corte que eu dera atravessara não só o tecido, mas um pedaço do que ele acreditava ser inviolável: suas ordens, sua organização, seu mandato. Sim, rasguei todos, um por um. Parte de mim quis rir quando pensei no absurdo: um arsenal inteiro sob o comando dele, mas derrotado por uma tesoura de costura.

— Você enlouqueceu — ele disse, segurando um outro paletó escuro, não de um preto total, aberto como um ferimento exposto.

— Não, eu não enlouqueci, porque deixei alguma coisa para você usar. Fui bondosa, diferente de você, que levou TODAS as minhas calcinhas.

O olhar de Zadock era