A chuva caía fina, tamborilando nas janelas altas da ala onde Eliara estava confinada. A luz cinzenta da manhã mal atravessava as cortinas pesadas. Mas naquele dia, algo nela se recusava a aceitar a mesma rotina. O corpo ainda doía. A alma, mais ainda. Mas havia uma nova voz em sua cabeça. A loba estava acordando. Com isso Eliara viu e começou a perceber que não poderia ser boazinha para sempre, que as pessoas são más e sempre vão querer passar qualquer um para trás em prol do benefício próprio. O rei, Valkar nem mesmo quis a escutar, os servos e os amigos que um dia ela achou ter, todos a abandonaram e se deixaram levar por causa de um sorriso bonito, tamanha era a raiva que ela sentia.
Com isso então ela começou a se preparar, não poderia ser mais aquela menina indefesa que todos poderiam pisar e incriminar o quanto quisessem, ela não era mais uma escrava, não podia deixar que Tatya a tirasse tudo que ela ela lutou e sofreu para conseguir.
O primeiro passo era simples. foi obser