O cheiro de jasmim fresco ainda pairava no pátio interno quando Eliara se abaixou para prender a sandália torta de Maekor. O menino riu alto, empolgado, enquanto segurava com força o dedo de Valkar. O rei estava agachado ao lado dela, observando os movimentos do filho com um sorriso raro — aquele que Eliara conhecia bem. Era o sorriso que ele costumava guardar só para ela.
Eliara não disse nada, mas por um momento acreditou que, talvez, o rei estivesse voltando a vê-la.
Maekor, no entanto, soltou o dedo do pai e correu para pegar uma borboleta entre os arbustos. Eliara e Valkar se entreolharam brevemente.
Silêncio.
Foi interrompido por passos suaves, quase dançantes, e um cheiro adocicado de flores secas. Tatya entrou no pátio como se fosse a dona dele, vestida em tons claros e com as mãos apoiadas em sua barriga que ainda nem despontava.
— “Ali estão vocês!” — disse com a voz carregada de doçura. — “Estava procurando os dois.”
Maekor correu em direção a ela, como se fosse um impulso