Narrado como Giovani Ferreti
— Senhor Ferreti... Pablo atendeu uma ligação sem rastreio. Ficou estranho depois. Nervoso.
A informação chegou pela escuta interna. O alarme não tocou, mas na minha cabeça ele soava como sirene. Apertei o celular contra o ouvido, os olhos varrendo o corredor da mansão.
— Fica de olho. Se ele mexer uma palha, me avisa — ordenei, a voz fria.
Desliguei.
E então, como se os dias não pudessem piorar, ouvi o som dos passos pesados que atravessavam a casa. Reconheci o tom. A postura. A energia que precedia sempre sua presença.
Mason Zelensky.
Entrou com a naturalidade de quem era dono do mundo. Mas havia algo estranho — sempre há. Os olhos foram direto para Ava, que saiu da sala onde estavámos conversando simplesmente porque ainda estava ao celular, ela não ouvia a informação.
— Ava — ele disse, seco — onde está Pablito?
Travei. O olhar saltando de Mason para ela. Pablito?
Minha mãe, a mulher que sempre teve a palavra final, pareceu... desconfortável.
— Tive que