Volta para casa.
NARRADO POR ANTONELLA BELLINI
Por mais que eu tentasse… em mim ficaram todas as marcas da noite anterior.
O corpo latejava, não só de prazer, mas de um luto silencioso.
Eu queria esquecer. Precisava esquecer. Aquela noite tinha sido uma despedida.
E como toda despedida, doía.
Giovani nunca mais deveria colocar os olhos em mim.
Não como homem.
Não como meu.
Pousei em Seattle no começo da manhã e fui direto para o escritório, sem sequer passar em casa. Ava me esperava na recepção com aquele olhar que dizia mais do que suas palavras jamais ousariam.
Contei o que houve. Não os detalhes — esses ficariam entre o lençol e a minha vergonha — mas o suficiente para ela saber o que fiz, o que escolhi, o que perdi.
Pablito estava na escolinha, ela o deixava todos os dias com aquele zelo de avó que ama dobrado para suprir o amor negado.
A manhã passou arrastada.
A tarde, ainda mais.
Serena pediu folga, disse que poderia buscar o Pablito na escola. Eu deixei.
Não me preocupei. Serena era como sangu