Mentiras disfarçada de amor.
A noite tinha o peso de um segredo.
Antonella estava sobre mim — a pele quente, o olhar incandescente. Olhava dentro dos meus olhos como se me visse por inteiro. E talvez visse. Talvez ela soubesse o que nem eu admitia. Mas era nos olhos dela que algo me queimava mais que o desejo — a mentira disfarçada de amor.
Como é que se pode olhar alguém com tanto afeto… e ainda esconder segredos?
Como pode um único par de olhos carregar tanta ternura e traição ao mesmo tempo?
E mesmo assim… eu estava entregue.
Fizemos amor como se não houvesse amanhã. Como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir.
Mas o que tínhamos era diferente. Não era como as outras. Não era só prazer. Era como se ela tivesse atravessado minhas defesas, desarmado o mafioso... e me feito apenas homem.
Ela me dominava no toque, nos gemidos, no jeito que meu nome escapava de seus lábios como um sussurro proibido.
Eu a possuí durante horas. De todos os jeitos. Em todos os cantos.
E ainda assim, não era suficiente.
Adormeci