Narrado por Giovani Ferreti:
Sabia do meu poder.
Sabia do meu prestígio, do meu nome, do sangue que carregava. Mas quando recebi o aviso formal da anulação do casamento com Antonela Bellini, uma constatação amarga e interessante me atravessou:
Não havia mais laço com os Bellini.
E, pela primeira vez em anos, eu estava livre.
Solteiro. Disponível.
Um Ferreti no mercado.
E isso… isso era quase uma declaração de guerra entre as famílias.
Começou discreto — como sempre começa. Uma garrafa rara de vinho enviada por Enzo Rossi com um bilhete escorregadio: "Aceite o presente, e talvez minha sobrinha possa lhe agradar melhor que sua última companhia."
Depois, flores caras. Caviar. Jóias.
Mas o que veio a seguir foi o que me divertiu.
Mulheres.
Uma a uma. Enviadas como presentes. Ofertas de carne por poder. Cada uma mais treinada que a outra — artistas, advogadas, herdeiras de políticos e de mafiosos com sede de aliança. Algumas vinham com perfume doce e vestidos de grife. Outras com olhos fri