Narrado por Antonella Bellini
Cheguei em casa tropeçando nas próprias pernas, com o coração ainda acelerado, como se a adrenalina não tivesse me deixado em paz. Ao esbarrar no portão de zinco preto, adornado com arebescos, avistei Domenico me observar com uma feição carrancuda ao abri-lo. — Não deveria... — começou ele, mas não esperei para ouvir o restante, assim que abriu o portão.
Apressada, andei pelo caminho de pedras em direção à porta de madeira. A inquietação que sentia era muito mais intensa do que o medo que aqueles homens haviam me causado.
As luzes das salas estavam acesas, enquanto as de cima estavam apagadas, o que aumentou meu desconforto. Ao abrir a porta, adentrei a sala, controlando os passos, ciente de que ouviria queixas e reclamações dos meus pais.
— Ella! — Porém, foi Scarllet que saltou do sofá, abandonando uma caixa dourada que estava em suas mãos. Usando uma camisola de renda amarela que realça seu cabelo loiro, sorri fraco, tentando encontrar forças em meio