Ela olhou pro lado, pensou. Mas veio.
Quando abriu o portão, eu quis rir de nervoso. Quis chorar. Quis abraçar.Mas fiquei parada.— Eu não sei como começar — confessei, toda a pose indo pro caralho.— Então não começa. Só... fala comigo.Abaixei a cabeça.— Eu fiz merda, Allie.— Fez mesmo.Assenti. Sem me defender.— Você quer entrar? — ela perguntou.— Só... posso sentar contigo aqui fora um pouco?— Pode.Sentamos na escada, o frio batendo, mas o silêncio entre nós quase queimava.Fiquei com as mãos nos bolsos, o olhar grudado na rua.Até que ela falou.— Você não respondeu minha mensagem.Fechei os olhos, respirei fundo.— Eu vi. Queria responder. Mas não sabia como.— Achei que se eu aparecesse aqui... pessoalmente... você podia me mandar embora com um chute e, pelo menos, tava resolvido.— Eu ainda posso fazer isso.