Lembrei do que tinha feito com o Valentin, da raiva que tinha jogado nele, e do olhar da Allie, aquele olhar que queimava e me fazia querer desaparecer.
Por um instante, quase senti o peso da culpa me esmagar, mas no fundo eu sabia: eu precisava me encontrar antes de tentar consertar qualquer coisa.Caminhei até o café onde meu pai costuma comprar pão. Fiquei lá fora, olhando as pessoas entrarem, as conversas que eu não fazia parte.E, por fim, quando o dia já quase me obrigava a enfrentar a realidade, decidi voltar pra casa. Sozinha. Porque, por mais que a gente ache que pode fugir, no final, a gente sempre volta pra si mesma.No caminho, tentei pensar em como pedir desculpas. Em como dizer que não sou feita pra festa, nem pra esse mundo cheio de máscaras. Que o que eu sinto é maior do que eu sei explicar.Mas as palavras não vieram.Só o silêncio e o peso no peito me acompanharam até meu quarto, onde eu me joguei na cama e deix