Estávamos a segundos de abrir a porta do carro quando a voz grave do Sr. Schneider nos interrompeu.

— Jenn.

Ela parou com a mão já na maçaneta, o corpo ainda inclinado para frente. O olhar de Jenn cruzou o meu por um instante, antes de se virar devagar em direção ao pai.

— Sim?

— Espera só um segundo, filha - ele disse, finalmente tirando os olhos do celular, que já havia tocado algumas vezes durante o caminho. A tela ainda brilhava com uma ligação ativa pausada.

Jenn respirou fundo e se virou totalmente para ele, apoiando o cotovelo na lateral do banco e o rosto na palma da mão. Seu tom veio seco, controlado.

— O que foi?

O pai fez uma pausa breve, como se estivesse escolhendo bem as palavras.

— Sei que não ando muito presente — começou, com um suspiro —, mas hoje tem um almoço importante com a família de um investidor. E depois... queria sair com você. Só nós dois.

Por um instante, o silêncio dentro d