O nome completo soava como um tiro. Doía de um jeito que não devia mais doer, mas doía.

Minhas mãos tremiam. Meus olhos não obedeciam quando tentei não procurar os dela. Mas, quando finalmente olhei, Ever já não me encarava mais. Tinha virado para frente, estática. Como se eu tivesse me tornado invisível.

Algo dentro de mim se desfez.

A aula continuava, mas eu não conseguia mais fingir que estava ali. Minha cabeça era uma mistura de vozes, memórias, palavras não ditas. E uma tristeza aguda que não sabia bem de onde vinha ou talvez soubesse, mas não queria admitir.

A gota final foi quando vi Ever pegar o material e sair da sala sem olhar para trás. Um silêncio estranho a acompanhou. Eu senti, mesmo à distância, que algo estava errado.

Jenn me olhou de canto, sem dizer nada. Eu estava prestes a desmoronar, mas me mantive ereta, olhando para o chão, tentando não sentir.

O sinal tocou, anunciando o intervalo.

Saímos da sala