O silêncio após a batalha parecia mais pesado que o barulho do confronto. A fortaleza estava marcada: pedras manchadas de sangue, paredes arranhadas, corpos sendo carregados para dentro. A vitória tinha um gosto amargo.
Aurora observava tudo com o peito em chamas. Cada guerreiro ferido era uma punhalada em sua consciência. Mas nada se comparava ao que sentira ao ver Caelum usar seus poderes. Orgulho, sim. Mas também medo. Porque o mundo agora sabia.
Os murmúrios começaram logo ao amanhecer.
— Ele não é como os outros filhotes… — um lobo sussurrou ao outro.
— Eu vi os olhos dele brilhando, como os da própria rainha. —
— E se for verdade o que dizem? E se ele for a chave da profecia?
Aurora ouviu cada palavra, ainda que ninguém tivesse coragem de dizê-las diretamente a ela. O coração apertava. Seu filho não deveria ser visto como uma arma. Ele era apenas uma criança.
Darius, por outro lado, mantinha-se impassível na frente da matilha. O olhar duro, os ombros retos. Mas por dentro, lutav