A lua cheia erguia-se no céu, como uma guardiã silenciosa, iluminando a fortaleza da união entre duas matilhas que antes haviam sido inimigas. O território agora era um só, e a vida havia encontrado um ritmo estável após tantas guerras, perdas e revelações. No entanto, no fundo de todos os corações — até dos mais esperançosos — havia a sensação de que algo maior ainda estava por vir.
Aurora sentia isso em cada fibra de seu ser. O poder correndo em suas veias, herdado de uma linhagem proibida, parecia pulsar de maneira mais intensa a cada dia. Darius, por mais que tentasse tranquilizá-la, também não podia negar: as marcas em sua pele, que ele havia herdado ao se unir a ela na cerimônia, às vezes ardiam como se estivessem vivas.
Mas era Caelum quem mais refletia essa tensão silenciosa. Ele crescera rápido demais, e embora ainda fosse uma criança em muitos aspectos, já demonstrava dons que desafiavam toda lógica da alcateia. Seu dom de perceber intenções era cada vez mais forte. Ele já nã