A alvorada trouxe com ela um peso que nenhum lobo ali conseguiria ignorar.
Darius convocou os alfas das duas matilhas no salão do trono — agora unido sob o estandarte negro e prateado, símbolo da união entre os reis. Aurora estava ao seu lado, firme como sempre, mas com os olhos atentos em cada sombra da sala. Caelum permanecia sentado à frente dos pais, com a cabeça baixa e os dedos trêmulos, mas o olhar... o olhar denunciava um garoto que carregava o mundo inteiro nos ombros.
— A ameaça é real — disse Darius, a voz firme como pedra batendo contra aço. — Minha antiga companheira, Elena, sobreviveu. E ela está mais poderosa do que nunca.
Murmúrios surgiram entre os líderes. Alguns duvidavam, outros arregalavam os olhos como se tivessem ouvido o próprio uivo da bruxa ecoando nas montanhas. Aurora ergueu a mão, silenciando todos de uma vez.
— O filho do rei carregava uma marca. Um feitiço antigo, colocado antes mesmo de seu nascimento. Isso é uma guerra... por sangue. Por linhagem. E co