Na sala de conselhos, Aurora andava de um lado para o outro. Os livros roubados do altar profano estavam abertos sobre a mesa de pedra. Darius observava em silêncio, os braços cruzados, os olhos fixos na página marcada com sangue seco. O nome “Elena” parecia pulsar como uma maldição viva.
— Isso não foi apenas um laço forjado — ela disse, furiosa. — Foi uma prisão. Você estava enfeitiçado desde o início. E mesmo assim… te vi lutar contra isso. Amar apesar disso.
Darius se aproximou por trás, pousando as mãos na cintura dela.
— Você foi a única coisa real que eu senti, Aurora. E agora, a bruxa quer nosso filho.
Aurora se virou, os olhos marejados. Não de fraqueza, mas de fúria contida.
— Ela quer Caelum porque ele é algo que nem mesmo ela entende. Nosso sangue... nosso vínculo... criou algo novo. Ele é um elo entre dois mundos.
—
Enquanto isso, Caelum, sozinho no bosque escondido atrás da fortaleza, cavava a terra com as mãos nuas. Tinha seguido as vozes em sua mente — não as da bruxa,