Naquela noite, Aurora não conseguiu dormir. Cada vez que fechava os olhos, via os corpos — as marcas — e, pior ainda, sentia algo queimando dentro de si.
Era como se a própria pele estivesse viva.
Ela tentou se acalmar, respirar, pensar em outra coisa. Mas então... uma memória surgiu.
Uma mulher. Com olhos como os dela. Cantando uma canção que ninguém mais parecia entender.
Aurora se sentou na cama, suando. Não era um sonho. Era uma lembrança.
— O que está acontecendo comigo...? — ela sussurrou, apertando os punhos contra as têmporas.
Foi quando algo estalou.
Literalmente.
Um dos jarros de cerâmica em cima da prateleira rachou no meio. Do nada. Sem toque, sem vento. Só... rachou.
Aurora arregalou os olhos. Levantou-se devagar, o coração disparado. Quando tocou o jarro rachado, um clarão azulado brilhou em sua mão — e explodiu, arremessando-a contra a parede da cabana.
Do lado de fora, Darius e Elias correram ao ouvir o barulho.
Aurora tentava se levantar, tonta, os olhos piscando rápi