Três dias.

Foram apenas três dias sem Dante, mas parecia que tinham arrancado um pedaço de mim. A falta dele era física — um aperto no peito que insistia em me lembrar, a cada hora, do espaço que ele havia ocupado tão rápido na minha vida.

Isso era uma droga!

E a Rabbit parecia sentir essa ausência tanto quanto eu.

As provocações vinham como dardos envenenados.

— Olha lá, a coelhinha abandonada do chefe. — uma das modelos sussurrou para a outra, alto o bastante para que eu ouvisse.

— Será que já perdeu a graça? — completou a segunda, rindo baixo.

Eu respirei fundo, ergui o queixo e segui em frente. Fingir indiferença era a única arma que me restava. Mas por dentro, cada palavra grudava na pele como arranhões.

Lara foi quem me salvou do colapso.

Ela surgiu depois de um ensaio, largada no sofá do camarim