Depois d ver o grande amor de sua vida partir, Victor se vê obrigado a recomeçar quando acreditou que um novo amor iria fazer parte de seu recomeço o passado lhe devolve aquele a quem mais amou, e ele teria que decidir se olharia para o passado ou se seguiria m frente.
Ler maisEnquanto o último homem da fileira levantava a mão, o da primeira levantava em seguida, os dois senhores disputavam um quadro, o mesmo retratava os esboços do caos e da criação, feito pelo artista plástico Victor Valem o homem do fundo levantou a mão cheio de convicção e gritou.
— Um milhão de dólares- falava já se achando o dono da peça.
— Dois milhões - gritava o da primeira, e já não era uma disputa pelo quadro em si e sim para massagear o ego de ambos.
Victor em uma sala privada via e ouvia a tudo com um sorriso de canto, e ao seu lado assistindo ao leilão estava seu noivo Hugo.
Os homens chegaram ao limite quando a peça atingiu 3 milhões, e o homem da primeira fileira levava o artigo para casa, no final do leilão Victor olhou seu celular e o aplicativo de sua conta bancária acusava o valor depositado.
— Parabéns Querido — Hugo lhe parabenizava com um beijo.
— Obrigado pelo apoio e amanhã estarei em sua apresentação. — Prometeu Victor sorrindo para o companheiro que tanto amava.
Eles saíram pelos fundos, Victor detestava tirar fotos ou dar entrevistas, achava que apenas sua arte merecia ser conhecida e não ele por assim dizer, então sempre que podia se mantinha reservado, outra curiosidade sobre o artista plástico é que poucas pessoas sabiam de sua vida pessoal apesar da fama ele ainda conseguia se misturar na multidão.
Naquela noite o casal parecia estar bem animado o quarto de ambos parecia um cenário de guerra, roupas espalhadas por todos os lados, os travesseiros de penas haviam sido usados como armas durante a batalha que tiveram pela madrugada, o que era algo comum entre eles, uma boa dose de diversão saldável.
Quem acordou primeiro foi Victor, olhou para o lado e viu Hugo ainda em sono profundo, tirou algumas penas dos cabelos castanhos e alisou sua face a contornando com a ponta dos dedos, ficou olhando para Hugo alguns segundos até tomar coragem para se levantar.
Para sair do quarto foi necessário tirar todas as penas do caminho, foi afastando-as com a ponta dos pés, se perguntava o motivo de ainda destruírem os travesseiros se seriam eles a limpar e comprar novos em seguida, a cozinha não muito grande, bem objetiva e simples contradizia a conta bancaria de Victor. Começou suas atividades matinais por colocar a cafeteira para cumpri seu papel, em seguida começou a preparar os ovos do jeito que Hugo gostava, estando ali distraído com a preparação do café da manhã ouviu passos arrastados vindo em sua direção, logo ele se virou para olhar se parceiro.
— Bom dia querido, quer algo especial para o café? — Perguntava Victor dando um selinho no mais novo.
Hugo estava com o celular na mão, tinha acabado de receber uma mensagem e engoliu em seco assim que recebeu o selinho de Victor.
— Quero conversar — Respondeu a pergunta feita de maneira apreensiva.
— Tudo bem, senta aí, o que aconteceu? — Victor perguntou já analisando as expressões faciais de Hugo que demonstravam culpa.
— Quero terminar. — Disse de uma só vez olhando para o copo de café a sua frente.
Victor sentiu seus olhos arderem, mas não iria chorar.
— Certo, é algo que podemos conversar e tentar entrar em um acordo, ou não tem o que conversar? — Perguntava Victor usando toda a força de vontade que tinha dentro de si para não chorar diante de Hugo.
— Não é culpa sua, eu me distanciei muito, e acabei conhecendo outra pessoa, eu ... Querido sempre te amei mas o sentimento foi reduzido a tesão e o amor já faz um tempo que está ausente dentro do meu coração.— Hugo murmurou com a cabeça baixa, esperando o companheiro começar a surtar, mas não aconteceu isso de fato.
— E demorou dez anos pra descobrir que não era amor e sim tesão? Ahh Hugo não vou fazer nenhuma cena, eu ainda te amo muito e quero que seja muito feliz tanto em sua carreira como na sua vida pessoal. — sua voz saiu rude e embargada
Deixou tudo o que estava fazendo e foi na direção do quarto trancando a porta em seguida, lá vestiu uma roupa qualquer, a primeira que apareceu em seu campo de visão, pegou sua carteira com seus documentos e a chave do carro, assim que saiu do cômodo encarou o companheiro um pouco mais serio, se limitou a estalar a língua e seguir na direção da saída do apartamento.
— O violino está no porta malas, irônico...— Victor comentou cruzando a porta, Hugo foi atrás do mesmo em desespero.
— Querido? Aonde vai? — Sua voz saiu cortante ao fazer a pergunta que em sua mente já tinha uma resposta.
— Vou embora não está vendo? seja feliz Hugo e obrigado pelos 10 anos de companheirismo. — falou debochado saindo do andar e pegando o elevador, Hugo tentou ir pelas escadas e chegar ao estacionamento antes de seu companheiro, mas aquela tinha sido a última vez que se viam.
E depois de dois anos Victor acordava novamente com esse sonho recorrente, era a lembrança mais dolorosa de toda sua vida, perdeu um grande amigo, um grande amor e na cama perdeu o melhor companheiro que podia ter encontrado.
Passou a mão pelos cabelos castanhos acobreados, se sentou na cama encarando o movem a sua frente sem o olhar de fato, seus olhos começavam a arder, e ele não queria chorar novamente, mas isso era impossível, o chuveiro foi seu confidente naquela manhã, somente ele e a agua quente tinham um pacto sigiloso de nunca mostrar ao mundo o quão quebrado estava por dentro.
Nada como um banho para deixar a alma mais leve, ele tinha um compromisso naquele dia, iria novamente a um leilão, e seria a primeira vez que iria sozinho, a dois anos atrás foi com seu grande amor, agora a solidão seria sua parceira, após se vestir buscou pelo conforto de uma caneca de café forte e quente, o liquido fumegante causava um incomodo ao tocar a ponta da língua, mas era algo bom, encarou a porta ao lado da cozinha onde ficava seu ateliê, lá estava a peça que iria leiloar, a peça retratava toda sua dor.
O fundo cinza como uma manhã nublada, um violino no meio do nada, as notas vermelhas saindo do instrumento seguiam na direção de um coração totalmente negro, as notas tentavam colorir o órgão, ele a chamou de "Canção do Amor"
Depois de se afastar de Aika, Nicolas foi para os fundos do estabelecimento, ele não tinha colocado nada na bebida da garota, ele tinha um plano todo elaborado e era muito bom no que fazia, mas no momento em que ela lhe abriu aquele sorriso amável lhe agradecendo o presente ele desistiu.Ali sentado em um banco de madeira de frente para uma fonte não viu quando alguém se aproximou dele.— Então veio atrás de outra pessoa que tem dinheiro, eu nesse momento não sei medir o tamanho do meu ódio por você Nicolas... — Hugo falava enquanto caminhava na direção de Nicolas, e ele sabia que poderia levar alguns socos por isso.— Hugo, eu te vi dançando, estava perfeito como sempre, eu queria te pedir perdão por ter agido como um animal com você, fui um idiota ganancioso, mas eu quero recomeçar minha vida, recomeçar do zero entende?. — Victor sabia que Hugo, poderia entrar em crise ali, por isso usava sua melhor voz.— Está falando sério ou é alguma mentira su
— Bom... — começava Hugo a falar enquanto pegava o café- eu fiquei pensando na ideia da senhorita Ana, sobre a dança e seria muito chato eu simplesmente dançar sozinho ao som de Carol of the bells, então quero envolver vocês dois nisso, seria uma surpresa nossa para os convidados.—Mas com quem vai dançar? —Perguntava Aika.— Com a senhorita, com quem mais? —dispara Hugo.— Senhor Collins! Admiro sua boa vontade, mas não sei dançar dessa forma, na última valsa que dancei na vida quase acabei com o pé do meu parceiro de dança.— Rebatia a contragosto.— Carol of the bells é uma dança simples, precisa de mais atuação do que a dança em si Aika — Explicava Victor.— Atuação? — a garota não estava entendendo nada.— Eu preparei uma sa
Aikanesse meio período conhecia um pouco mais do colega de trabalho que na sua opinião era um homem gentil e amável.Nicolas em seu segundo dia não média esforços para agradar a jovem.E ela durante aquela manhã sentiu queNicolas poderiaser sim um bom amigo, ele fazia o trabalho e ao mesmo tempo lhe dava uma atenção. Enquanto tudo parecia resolvido Nicolas se aproximava de Hiroshi e tentava ganhar sua confiança.Ele passou o dia seguindoarisca todas as ordens do novo chefe, um funcionário exemplar.Ele no meio de toda a papelada da empresa, sobre processos e ações inacabadas dava dicas e até levava alguns processos adiante e é claro dava uma olhada sorrateira em tudo que se referia aAika. Victor enquanto estava no mercado falava comAikapor mensagem, Hugo ao seu lado conversava com Ana por mensagem.— Bom disse a ela que passaria a tarde com ela e que estaria na sua casa— Victorcomentava ainda pensativo — isso não tem chance de dar certo Hugo.— Falei com Ana, passei meu endereço e elas vão estar meio dia e meio na minha porta — se mudar de ideia ainda pode se esconder no ateliê. &mdO Plano em Ação
Aika e Hugo
Hugo notou a porta ao lado da cozinha e a fechou devidamente como se estivesse escondendo algo.Victor o encarou e apertou o olhar de maneira divertida.— Meu ateliê nunca podia ficar com a porta fechada por que o senhor Collins fazia birra, agora o seu você tranca? — indagava rindo internamente do nervosismo de Hugo.— Eu não tenho tanta noção de arte como você e estou recomeçando, não quero que zombe da minha tentativa. — se defendia Hugo.— Ahh, não... Eu quero ver!Hugo ficou vermelho da cabeça até os pés de vergonha, mas não saberia dizer não a Victor, totalmente envergonhado e suando frio abriu a porta de seu ateliê.Victor passou com um sorriso malicioso nos lábios e entrou no ateliê de Hugo, assim que colocou seus
Último capítulo