Seguindo em Frente

Aika via o homem sair do quarto, ela guardou seu nome em sua memória, sentiu que não voltaria a ver o mesmo.

Depois de uma hora a Governanta da casa veio lhe ver, as duas lamentaram o ocorrido, as conversas simples das duas se resumiram a dor que sentiam no momento.

A mulher ficou ali como sua acompanhante, e havia muito o que ser tratado, toda a fortuna da família agora era de Aika, e a mesma ainda não tinha a mínima noção de como comandaria o império que seu pai havia criado.

Hiroshi Okamura apareceu no hospital na manhã do dia seguinte, o mesmo estava sério e com roupas pretas, ela sabia que o enterro havia acabado de acontecer.

— Pequena, sinto muito não ter vindo antes, estava cuidando do funeral...— Falou ainda tentando esconder a dor que sentia no momento.

— Eu queria poder ter me despedido deles, mas acho que naquela festa foi de fato a última lembrança feliz deles que posso levar por toda a minha vida. — Murmurou segurando o rubi em seu pescoço.

— Seu pai sempre foi muito cuidadoso na estrada, ainda não entendo como isso aconteceu. — O homem de cabelos negros espetados comentava o fato olhando para uma das janelas.

— Ele estava bêbado, se tivesse deixado a mamãe dirigir talvez estivessem todos bem agora...— Segredou ao seu tio sobre o estado de seu pai, estava com o coração apertado naquele momento.

— A pessoa que te trouxe teve um cuidado enorme em manter os jornalistas afastados, mantiveram segredo sobre a senhorita ter se salvado a pedido do mesmo. — Fugiu do assunto para não delatar ainda mais a conduta errônea do irmão tocando em um outro ponto daquela noite trágica.

— Eu o vi ontem, achei um pouco sério demais e tinha um humor um tanto ácido, penso que o mesmo não volta mais ao hospital. — Mencionou esses detalhes se lembrando de quando se despediu de Victor.

— Eu dei uma breve pesquisada no nome, é um artista plástico, teve uma peça vendida nesse final de semana e a mesma se chamava "Canção do amor" e me parece que foram em 2 bilhões.

— Sério? Eu acho que devo ter ofendido o mesmo em algum momento da conversa. — Se lembrou das expressões negativas do homem.

— Você é espontânea demais..., mas agora temos que ter uma longa conversa e vai ser bem séria. — Hiroshi falava olhando diretamente para a moça.

— Eu já esperava por esse momento...

— Eu sei que é cedo demais para darmos início a esse assunto, mas preciso que me nomeie para que eu possa comandar as coisas de seu pai até que você esteja pronta para assumir esse papel, tem uma cláusula dentro do contrato de nomeação que deixa tudo claro, e explica que aos vinte anos vai estar preparada para assumir e até lá vai estudar cada mínimo detalhe daquela empresa.

— Dois anos não é pouco tempo demais, e ainda estou internada, graças a cirurgia e a minha perna vai demorar para sair daqui. — Aika estava desanimada.

— Garota, vai fazer o que aqui durante os dias? dormir e se lamentar? Negativo, trouxe um notebook, tem todas as informações da empresa nele, cópias que eu mesmo importei do computador da empresa, e acredito que enquanto estiver internada vai ter tempo de sobra.

— Mas tio... — Murmurou em sinal de reprovação, mas não pode terminar seu argumento, seu tio interveio.

— Não vai ficar se lamentando, foi uma perda enorme, não sabemos como seguir isso é claro, mas não vai se deprimir diante da situação, quando nossos pais morreram eu tinha apenas 15 anos, Takeshi tinha 14, Kenji tinha 12, e se ficássemos nos sentindo deprimidos na época não chegaríamos aonde chegamos, siga o exemplo deles, eram felizes, e queriam a sua felicidade, então viva sorrindo por eles.

A moça ficava sem palavras, e aquilo era verdade, sempre foi ensinada a ser forte e sorrir diante de qualquer situação, e naquele mesmo dia ela enxugou suas lagrimas e colocou o luto de lado, deu a sua vida um motivo para sorrir, que eram continuar o legado de seus pais.

Os dias e os meses foram passando, e em todo o tempo que esteve ali internada usou cada segundo para estudar sobre os detalhes da empresa, só parava quando necessário, usando o exemplo de seu pai e seus tios, usando a base da criação que havia recebido, e sem deixar a dor fazer morada em seu peito.

Ana sua melhor amiga tinha uma vida em outra cidade, mas começou do zero ali com Aika, e estava com a melhor amiga ajudando a mesma a estudar e ter dias mais animados.

Ao final de quatro meses sua perna já estava em ordem, mas pelo tempo que ficou debilitada precisou de algumas fisioterapias, porem já estava em sua casa tendo uma recuperação saudável.

Como ela suspeitava Victor não tinha ido ver a mesma, e isso não era tão importante assim, ela só queria ter um contato com o mesmo.

Ana fazia pesquisas sobre o artista plástico, mas não aparecia quase nada sobre sua vida, apenas sobre suas obras.

— Bom ele costuma participar dos leilões da cidade, não sei se mora por perto, mas é aqui que ele participa. — Comentou Ana, sentando em um sofá felpudo ao lado da escrivaninha do quarto da garota.

— Ah! Ana, ele é um homem sério sabe, e não vai olhar para uma menina de 18 anos, ele deve ter mulheres maravilhosas aos pés dele.

— Nunca se sabe, as vezes ele pode ser alguém até carente e solitário. — Dizia a loira enquanto folheava um catalogo da moda acerca daquela estação.

— Tem algo novo pra estação? — Perguntava a ruiva apontando para o catálogo.

— Esse ano o corte cintura de sereia está em alta em vestidos, e o branco tem sido solicitado, nada de tão novo — Comentou um tanto desanimada, queria realmente algumas novidades pra estação.

— Vou encomendar peças novas para meu guarda roupa, já que terei de ir a empresa gostaria de parecer alguém seria. — Aika murmurou olhando para a porta do closet que estava aberta.

— Acho que deveria comprar alguns jeans, são práticos e basicamente combinam com tudo.

— Exatamente isso o que pensei.

Ana ria discretamente do entusiasmo da amiga, era difícil divergirem em algum assunto, porem suas personalidades muitas vezes entravam em contraste, Ana era um pouquinho mais reservada, enquanto Aika era um furacão, sempre animada e espontânea.

Ao final de dez meses as coisas já tinham caminhado bastante, Aika conseguiu aprender muitas coisas sobre a empresa, e ia dia sim e dia não na empresa, ela olhava a cada documento que passava pelas mãos de seu tio Hiroshi.

O laço familiar foi uma das bases muito importantes para que não caísse em depressão, todo o carinho e apoio foram também significativos.

Hiroshi estava morando na mansão com a garota, o volume de empregados continuava o mesmo, e ela cogitava alugar ou até mesmo vender uma das mansões, ficaria em uma outra um pouco menor que seria dela, alugaria uma e uma outra a qual seria destinada a seu irmão se o destino não tivesse sido tão cruel ela venderia.

Hiroshi era quem cuidaria de cada detalhe, e ele estava mesmo muito empenhado em ajudar a jovem que esbanjava sorrisos a ser bem sucedida e feliz em sua vida.

Aika já tinha uma pequena rotina, de manhã ia na empresa, voltava no horário de almoço e estudava o restante da tarde, e quando estava perto das 18 horas ela saia para correr em volta do lago próximo ao seu condomínio com sua cadela Miley, Ana as vezes ia junto, e foi em um desses dias que algo aconteceu, durante a corrida leve que faziam a cadela deu um impacto muito forte na guia e Aika a soltou, agora estava Ana cansada e sem folego e Aika seguia ainda tentando correr atrás de Milley.

— Aika! Vai na frente eu preciso de ar... — Ana falava ofegante próximo a trilha.

— CERTO! — Aika gritava em resposta enquanto estava correndo atrás do animal.

Aika não estava aguentando mais correr, e de longe começou a gritar para sua cadela parar e a mesma só parou quando trombou em alguém.  

Victor Valem achou a menina mimada demais e parecia se empolgar com uma joia, sendo que naquele momento ela tinha sofrido a maior perda de sua vida, e ele jurou a si mesmo que não voltaria ao hospital.

E por mais que aqueles olhos lhe perseguisse em sonho ele estava ciente de que aquilo era uma tremenda perda de tempo, e uma garota mimada, rica chamaria atenção demais, algo que ele não gostava nenhum pouco.

Em seu ateliê enquanto riscava uma tela mal se deu conta de que fazia o esboço do pingente, ele mal tinha olhado por muito tempo para a peça e já a tinha toda detalhada em sua mente.

A maioria de seus quadros eram destinados a leilões, entretanto tinha algumas peças que guardava para si, aquela tinha grande chances de ser uma delas.

Trabalhou muito na obra, a mesma com os tons de vermelho, azul e dourado.

O destaque que o dourado estava dando na peça fazia Victor se lembrar de cada traço da peça e como uma fumaça azul por cima da peça vinha contornando com uma tinta mais aguada quase sem cor, deixando o aspecto de fumaça em cima da peça, a corrente ele fez como se fossem algemas ligando um fio vermelho de uma tonalidade carmesim e a pedra ele fez com as misturas do bordô, do vinho e do conhecido vermelho sangue, os pontos de luz fez com pingos brancos e dourados.

Ao final de três meses tinha finalizado cada mínimo detalhe daquela peça e ao admirar sua obra se Perguntava qual destino daria a mesma, era algo pessoal demais pra ele, assim como a "Canção do Amor".

Ele deu aquela nova peça o nome de "Fonte da Vida". Ele ao final de tudo não queria guardar aquilo para si, o azul da peça lhe trazia o amargor do passado e o doce de um provável presente que ele mesmo estava se desviando.

Assim que anunciou a peça para o leilão que aconteceria dentro de dois meses, começou a ver a chuva de interessados.

Logo recebeu uma ligação.

— Victor Valem? — Perguntou uma voz grave do outro lado da linha.

— Sim.

— A peça que acabou de solicitar para o leilão já foi aceita e com base no valor da última que o senhor leiloou tem uma base de preço inicial para a mesma? — Perguntava o homem confuso vendo que ao digitalizar os dados não estipulou um lance inicial.

— Não, essa peça vocês podem dar o lance inicial que acharem que ela vale, sejam criativos no valor. — disse minimamente.

— Claro, e vai aparecer desta vez?

— Senhor... Farub? Acho que esse é seu nome, reconheço pela sua voz — deu uma risada mínima e sarcástica — Apenas minhas obras merecem destaque, gosto de ficar invisível aos olhos das pessoas, prometo que tiro uma foto e mando no dia do evento para colocarem na tela ao lado da obra.

— Ah, que tímido hein... E sim esse é meu nome, tem boa memória, me lembro de ter me apresentado de forma indireta a alguns anos, mas como o senhor desejar, faremos mais um leilão de sucesso, prevejo bons frutos para essa obra. — Farub também era um dos poucos que conhecia o passado de Victor, quando disse que se apresentou indiretamente, ele quis dizer que se apresentou a Hugo.

Victor não gostava muito de bajulações, mas as vezes em raros momentos aceitava certas situações.

Ele assim que desligou o telefone foi na direção do ateliê e pegou as vinte peças que estavam embaladas e guardadas com todo cuidado do mundo e uma por uma as desembalou e foi analisando as mesmas, começou a surgir em sua mente uma ideia de que ele poderia fazer uma pequena exposição das peças que ele sempre guardava para si, mas tinha apenas vinte delas, e para uma exposição ele queria ter ao menos 50 peças exclusivas nunca vistas antes.

Depois do leilão da "Fonte de Vida" começaria a trabalhar em obras pessoais para a exposição, eram apenas planos aleatórios, ainda não sabia o que o destino lhe reservava.

Perto das dezessete horas ele decidiu sair e rodar pelas ruas apenas para não ficar em casa se sentindo parte da decoração.

Enquanto começava a se arrumar para o passeio solo que faria, ligou a TV para ver se aparecia algo novo nos noticiários.

Deixou a TV em um volume consideravelmente alto até que escutou algo que o fez parar tudo o que estava fazendo.

Correu para a frente do aparelho e ficou encarando a tela enquanto uma lágrima escorria por seu rosto.

— "E no dia de hoje damos a notícia de que Hugo Collins, estará retornando ao país nos próximos meses, o dançarino afirma que já terminou o tour que fazia, pelo menos 13 países tiveram a grande honra de ser visitado pelos passos inesquecíveis do clássico ao moderno e o jovem ainda afirma que há grandes possibilidades de abrir uma escola de dança em sua cidade natal". — Uma moça falava animada ao lado de Hugo durante a entrevista.

Victor desligou a TV, agora sairia para beber e não apenas para dar uma volta foi para seu banho com pensamentos revoltos.

" Ótimo agora precisarei me mudar de cidade, me recuso a me encontrar com ele por acaso, quando saiu do país foi um grande alívio, deveria ter ficado por lá Hugo Collins, já chegou aonde queria, tem fama reconhecimento e provavelmente é até mais bem sucedido do que eu, então o que quer aqui de novo?"

Ele elaborava um diálogo com o moreno em sua mente, um diálogo onde apenas ele falava e apenas ele tinha a razão total.

Após o banho pegou a primeira roupa que viu a sua frente e vestiu, os sapatos sempre pretos, uma camisa vermelha e um jeans com a lavagem em 3d, pegou as chaves do carro e olhou para o violino no canto da sala dentro do case, ele pegou o mesmo sem entender o motivo, mas pegou.

Ele rodou até a cidade vizinha, e ficou parado diante de um lago próximo aos condomínios luxuosos da cidade.

" Seria interessante morar aqui talvez" — Mas não se atentou aos pensamentos que estavam revoltos dentro de sua cabeça, ele sabia que era imaturo de sua parte agir daquela maneira, mas a verdade é que ele não sabia lidar com sentimento da perda, sempre perdeu as pessoas que amava, e nunca sabia o que fazer quando estava sozinho.

Logo seus pensamentos foram interrompidos por um grito estridente.

- MILEY! NÃO CORRA, VOLTA MILEY!

Ele olhou para trás e viu duas coisas, um Gold Retriever vindo em sua direção e uma cabeleireira vermelha, foi tudo o que viu antes do animal pular em cima dele e o derrubar na grama, que pra ajudar estava úmida.

O animal foi puxado pela coleira por sua dona e a mesma estendeu a mão para o mesmo.

Assim que os olhos se cruzaram ele engoliu seco, e ela fez uma expressão de extrema felicidade.

— Victor!?, Você... Mora nesta cidade!? — Aika questionava

— Não... Aika?— Perguntava confuso.

— Ann, sim eu recebi alta a alguns meses, e você ficou me devendo uma visita — Aika o acusava com todos os dentes a mostra em um sorriso amável.

— Trabalho... Muito trabalho...— não sabia que desculpa poderia usar naquela situação, por sorte ela não teria pesquisado seu nome na internet e por sorte não saberia quem ele era.

— Em que obra está trabalhando? — Aika Perguntava para Victor, que ficou quase roxo de vergonha ao se lembrar da última peça que havia feito.

— Eu... Fina... Eu... Terminei hoje a peça... — gaguejou por não saber como explicar a situação, se ela fosse ao leilão reconheceria suas intenções.

— Ah, e fala sobre o que? — A felicidade da garota o irritava e as perguntas intimidavam, o sorriso sarcástico e cheio de si estava em falta ali.

— Bom... Eu me inspirei em você — falou logo de uma vez, achou mais fácil desta maneira do que ela ir e descobrir no leilão.

— Então eu a colocarei na minha parede — Afirmou animada.

— Senhorita... Eu ... Acredito na sua capacidade de gastar, mas...— ele não sabia como explicar que Farub iria salgar o preço além do normal.

— Se a sua última peça foi 2 bilhões nessa eu pagaria até 20, nada mais justo para alguém que salvou minha vida. — Declarou confiante, mostrando o conjunto de dentes alinhados e apertando o olhar.

— Senhorita... Não fiz nada de mais, qualquer pessoa que passasse por ali e te vesse teria chamado a ambulância, não me deve sua vida e não precisa gastar um único centavo com essa obra. — Victor estava quase ligando para Farub para cancelar a inscrição da peça.

— Mas é inspirada em mim, sendo assim eu a quero. — Aika estava ainda mais animada, tão animada que deu alguns pulinhos — Não acredito que fui musa do grande Victor Valem, eu pesquisei todas as suas obras e eu me apaixonei por elas, e vi um vídeo de dez anos atrás em que tocou uma única vez na apresentação de dança do famoso Hugo Collins, eu amei a canção.

Victor estava impaciente, desejando sair da presença da moça, a mesma era muito animada, escandalosa e muito patricinha pro gosto dele.

— Ann, Bom eu estava apenas de passagem...e acredito que já tenha dado minha hora de retornar — Victor murmurou com meio sorriso.

— Ahh, que pena nem pude conversar melhor com você e Miley te deixou todo sujo, me deixe fazer algo para compensar — insistia a moça, ele olhou para o condomínio depois do lago e fez uma pergunta aleatória.

— Tem alguma a venda? — Apontava para o local.

— Tem sim, eu moro lá e meu tio está negociando a venda de uma mansão e o aluguel de outra, tem interesse em alguma? — Perguntava sorrindo e em tom de voz um pouco agudo.

— Na verdade sim, e não... ainda não sei... Mas preciso me mudar... Razões pessoais.

Logo eles são interrompidos por uma garota de cabelos dourados que vinha gritando o nome da amiga a metros de distância.

— ANA! AQUI! - Gritava de volta acenando e a paciência de Victor indo embora cada vez mais rápido.

Ele se aproveitou para dar tchau para a moça e seguir seu caminho.

— Senhor Valem!, Não vai fugir desta vez — Constatou divertida enquanto fingia uma repreensão.

— A senhorita já tem uma companhia muito mais agradável acredite. — Victor falou tentando se esquivar e quando percebeu a garota loira estava ao lado deles.

— Ana! Leva a Miley pra casa, eu vou dar uma volta com esse cavalheiro que está tentando fugir — Comunicou animada, Victor olhou pra garota se cabelos Loiros com um olhar de quem pedia socorro.

— Ah, claro levo sim, se precisar posso lhe trazer algemas Aika, esse parece ser bem difícil. — Brincou Ana com a mesma animação da garota.

— Tudo bem senhorita Okamura, se quer um encontro então me passe seu endereço e venho te buscar para jantar, mas não me peça para levar alguém para sair estando todo molhado e sujo de barro e com marcas de patas de cachorro. — Falou olhando melhor para o animal.

A moça dando pulinhos de alegria e com um sorriso estampado em seu rosto pegou o celular de Victor e anotou seu número e endereço em um bloco de notas, agora ela teria finalmente a oportunidade de conhecer melhor o homem que lhe tinha salvado.

Ele já sem um pingo de paciência, tinha acabado de se tocar na besteira que tinha acabado de fazer.

—" Ah, droga Victor!... Era só sair sem dar explicação como sempre faz, ahh... Que seja vamos ao jantar"

Ele não estava nenhum pouco afim de voltar pra casa e tomar outro banho para depois retornar a Cidade, parou em uma loja e comprou roupas para usar a noite, e entrando em seu carro dirigiu até o centro onde pegou um hotel para passar a noite.

Por mais sem paciência que estivesse com aquilo tudo, algo lhe fazia querer estar perto da moça, e em sua cabeça isso não fazia sentido algum.

Enquanto tomava banho algumas notas vinham a sua mente e ele começou a cantarolar durante o banho, nem ao menos percebeu quando terminou o banho e ainda estava repetindo as notas.

Ele se vestiu, se olhou no espelho e o preto lhe caia muito bem, se sentia mais confortável daquela forma, se alguém o reconhecesse teria que engolir a seco, mas já tinha combinado e desmarcar seria um insulto para a senhorita Feliz.

Ele ligou para um restaurante italiano na cidade e fez as reservas começava a suar frio, de certa forma aquele seria seu primeiro encontro depois do rompimento de seu noivado.  

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