Capítulo 81. Informação nunca é demais
— Quando o papai volta para casa? — perguntou Arthur, enquanto eu os colocava na cama para dormir.
Eu não tinha resposta. Já havia passado um mês e, ultimamente, me faltavam forças até para inventar uma mentira que fizesse sentido. Sentei-me ao lado dele, acariciei seus cabelos e prometi, que o pai voltaria em breve. Mas, no fundo, sabia que as crianças estavam cada dia mais tristes. E eu também.
A gravidez, agora no oitavo mês, pesava sobre mim. Sentia dores nas costas, falta de ar e quase não dormia à noite. Era um cansaço eterno. Eu me esforçava para parecer forte diante deles, mas até as crianças já deviam perceber o desespero escondido atrás da minha fachada.
Mais uma noite passei rolando na cama, tomada pela saudade de Eduardo. Queria sentir o calor do abraço dele, seus beijos de bom dia. Doía imaginar que talvez teria nossa filha sozinha. E, sempre que esses pensamentos me dominavam, eu chorava até pegar no sono.
Aninha agora dava um jeito de vir todos os finais de semana. Às v