O carro avançava pela estrada sinuosa. O som dos pneus sobre o asfalto era o único ruído constante, como um relógio marcando o tempo para algo inevitável.
No banco de trás, o ar estava pesado. Isadora mantinha a arma firme contra Edward, seus olhos fixos nele com uma mistura de raiva e dor. Seu maxilar estava tenso, os lábios comprimidos, e uma veia pulsava em sua têmpora. Ao lado dele, Milena tremia, os olhos arregalados e úmidos, mas tentava manter a compostura. Edward segurava a mão de Milena com delicadeza, como quem segura uma corda prestes a se romper.
— Está tudo bem, Milena. Você não está sozinha. — murmurou Edward, apertando um pouco a mão dela.
Milena engoliu em seco. Sua garganta parecia feita de areia. Ela queria acreditar, mas o medo era um animal selvagem dentro dela, arranhando suas entranhas.
— O que vocês querem da gente?! — gritou, a voz embargada, lágrimas escorrendo pelas bochechas. Ela olhou para a mãe de Dominic, sentada no banco da frente, imóvel, com os olhos f