Carlo

A manhã estava cinzenta sobre a mansão Bianchi, o cheiro de Giulia, seus toques se entrelaçando aos do Enrico, mais uma vez se tornaram lembraças na mente do Don, nao porque ele queria, imagina, o que Enrico mais desejava era esquecer da vida e ficar apenas com sua familia, mas um bilhete entregue por Guilhermo fazia sua mente girar e girar. O céu encoberto por nuvens pesadas, pareciam espelhar o humor sombrio de Enrico. No escritório, o aroma amadeirado do charuto queimar lentamente misturava-se ao leve cheiro de couro dos estofados. Enrico estava atrás da imensa mesa de mogno, os olhos fixos em um documento, embora claramente sua mente estivesse a quilômetros dali.

A porta se abriu sem cerimônia, e Carlo entrou, a postura rígida e o semblante implacável. — Enrico — cumprimentou, fechando a porta atrás de si. O herdeiro Bianchi ergueu os olhos com frieza, pousando o papel sobre a mesa.

— Pai — respondeu, a voz grave e controlada.

Carlo caminhou pelo escritório, analisando as es