Eu ainda sentia o gosto do chá e o arrepio dele na pele.
— Eu quero… — digo num fio de voz e ele sorri — Mas não quero.
Leonardo me encara por um instante, e o canto da boca dele se curva num meio sorriso, como se entendesse o caos dentro de mim.
— Isso parece uma contradição perigosa, Alana.
— Eu sei. — suspiro. — É exatamente isso.
Ele ri, baixinho, um som rouco que faz o ar entre nós vibrar. E antes que eu consiga pensar no que vem depois, ele dá um passo à frente. E mais um. Até o espaço entre nós sumir.
— Então deixa eu te ajudar a decidir — ele murmura, a voz quente, tão perto que o coração perde o compasso.
E me beija.
Dessa vez, não há hesitação. Há fome. Há entrega. E um silêncio cúmplice, como se o mundo inteiro tivesse parado pra assistir o inevitável acontecer.
Minhas mãos sobem pelo peito dele, sentindo o tecido da camiseta se amassar entre meus dedos, o corpo respondendo antes da mente gritar “espera”. Ele me empurra devagar até que eu bata as costas na parede, o beijo pa