Charlotte
O barulho me arrancou do sono como um tapa.
Toques fortes. Impacientes. Quase agressivos.
Eu pisquei, confusa, tentando entender se ainda estava sonhando. Mas as batidas voltaram, mais altas, sacudindo minha porta como se alguém quisesse derrubá-la.
— Droga… — murmurei, me arrastando da cama, ainda tonta.
O relógio marcava 23h47. Um sábado à noite. Um sábado que eu passei inteira deitada, com a cabeça explodindo e o estômago embrulhado.
Desde a sexta-feira, depois daquele circo todo na empresa, eu ignorei todas as ligações do Max. Foram muitas. Ligações. Mensagens. Vozes