–Lisa! Lisa!– gritava o Rapaz no lado de fora da pequena casa no campo.
–Lisa!– A porta da casa foi aberta relevando um homem de cabelos grisalhos com uma carranca. –Garoto eu já disse para você parar de gritar em minha porta todas as manhãs como um galo.– disse o mais velho ranzinza e o rapaz apenas sorriu já acostumado com o mau humor dele. –Me desculpe Senhor Francesco, mas eu queria ver a Lisa, vou sair para cidade com o meu pai para vender os animais e não queria sair sem me despedir dela, ela ainda está aí?– –André!– Chamou a garota loira saindo da casa com um largo sorriso e se jogou nos braços do rapaz que a abraçou de volta com um sorriso igualmente largo e feliz, ele adorava aquele cheiro de flores do campo que só ela tinha, sua voz doce e seu sorriso sempre brilhante. –por que está ficando mais alto e forte? Eu sou 1 ano mais velha, isso não é justo!– Lisa cruzou os braços fingindo estar chateada e André sorriu a achando linda e fofa. –Bom isso é para que eu possa sempre te proteger– André sorriu daquela forma para Lisa que o abraçou de lado não sabendo o efeito daquele gesto no garoto. –Eu levo você até ao campo antes de ir, vamos?– –Vamos!– Respondeu Lisa animada e entrou na casa pegando seus materiais e logo se despediu de seus tios dando um beijo no rosto de cada um, e se afastou com o Rapaz. –Ele é um bom Rapaz.– comentou a mulher idosa ao lado de seu marido. –Ele é um rapaz, o que pode ter de bom? Todos eles são uns tarados que olham para nossa menina com olhos mal intencionados.– resmungou o homem. –Não seja maldoso, o André não é assim, eles cresceram juntos, e a nossa Lisa já é uma adulta agora, uma hora ela vai ter de se casar e ele é um bom partido– –Não diga besteiras mulher! Ela ainda é uma criança, ela ainda é a nossa menina.– disse o velho olhando para os dois jovens que se afastavam mantendo seu olhar na garota imaginando a pequena criança órfã de 5 anos que foi deixada em sua porta para eles a criarem, e a criaram e amaram como a filha que eles nunca tiveram e nunca poderiam ter. Mas aquela era a verdade, Lisa tinha crescido e se tornado numa bela mulher, tão bela que chamava atenção de muitos olhares nada bem intencionados e aquilo o preocupava, já até tinha recebido propostas de casamento oferecendo muitas recompensas as quais ele recusou categoricamente e principalmente de um homem poderoso ali no vilarejo que continuava insistindo como se estivesse obcecado por ela e aquilo o preocupava mais. Numa estrada não muito longe dali, estava parada uma camioneta e dentro dela estava um homem com cerca de 50 anos que observava a moça sair da casa com o rapaz entrando no campo. O homem sorriu de canto com um pedaço de capim em sua boca. –Hoje você não me escapará, pequena flor.– disse o homem e deu partida em seu carro seguindo a garota. André se despediu de Lisa com muito custo, e deixou um beijo no rosto dela antes de sair correndo. Lisa sorriu olhando o rapaz partir, e começou a trabalhar. De longe, o homem observou o rapaz se afastar deixando a moça sozinha no campo e seu sorriso aumentou. Era sua oportunidade perfeita. O homem desceu da camioneta e olhou para os lados verificando que ninguém vinha, ajeitou seu chapéu de Cowboy e caminhou em direção a moça que estava de costas distraída em sua tarefa. Lisa ouviu sons de folhas secas sendo pisadas atrás dela mas antes que pudesse se virar para ver o que era, sentiu mãos a agarrando por trás. –ME SOLTE!– Lisa tentou se soltar e se debateu mas sua força não era o bastante e as mãos do homem seguiram para seu seios onde os apertaram com força. –ah você cheira tão bem minha pequena flor, é tão macia como um cordeiro–. Sussurrou o homem com sua voz rouca asquerosa contra a orelha dela. Lisa reconheceu aquela voz e seu desespero aumentou. –ME SOLTE SENHOR GIUSEPPE!– gritou se debatendo e sentiu seu corpo ser jogado no chão. Guissepe olhou para garota no chão e sorriu começando a abriu sua calça. Lisa se virou para fugir mas sua perna foi segurada a puxanda de volta. –SE AFASTE! NÃO ME TOQUE ME SOLTE!– Lisa chutava e esmurava com movimentos desesperados e descoordenados mas mais uma vez o homem usou sua força para a dominar e a imobilizar por baixo dele ficando entre as pernas dela. –Hoje você vai ser minha garota, hoje você vai saber o que é um homem de verdade– –SAIA DE CIMA DE MIM! SOCORRO! SOCOR...– Lisa se calou ao sentir um tapa forte e pesado em seu rosto –quieta mulher!– o homem gritou de volta e não perdeu tempo puxando a blusa dela para o lado rebentando os botões expondo seus peitos cobertos pelo sutiã. O homem sorriu observando os dois seios brancos e belos, e não pode mais resistir, prendeu as duas mãos dela com uma mão sua, e começou a puxar a saia dela para cima acariciando sua coxa. –SOCORRO! SOCORRO! ME SOLTE!– –CALE ESSA MALDITA BOCA!– o homem ia dar mais um tapa no rosto dela quando sentiu uma pancada em sua cabeça o que o derrubou no chão mas ainda consciente. Lisa olhou para seu tio com os olhos cheio de lágrimas e desesperados, e se levantou correndo para trás do homem que segurava sua bengala com a qual tinha golpeado o outro. –Seu velho arrogante como se atreve!– Guissepe se levantou com fúria e partiu para cima de Francesco que se defendeu com sua bengala mas Guissepe a segurou e o derrubou o no chão. –Seu velho imbecil, se acha todo orgulhoso sendo que não passa de um morto de fome, eu vou fazer o que eu quiser com a sua preciosa sobrinha aqui na sua frente e você vai apenas olhar e...– Guissepe caiu no chão e atrás dele estava Lisa segurando uma pedra com as duas mãos. Lisa olhou para o homem inconsciente no chão e soltou a pedra correndo para seu tio. –Tio! O senhor está bem?– Lisa ajudou o mais velho a se levantar. –e-eu estou bem querida, e você? Esse homem machucou você?– Lisa negou rapidamente com a cabeça e fechou sua blusa como pode baixando o olhar envergonhada e não pode evitar algumas lágrimas que lhe caíram do rosto. Francesco abraçou sua sobrinha tentando a confortar enquanto ela chorava. Após voltarem para Casa, Lisa tomou um banho muito demorado para tirar a sujeira das mãos daquele homem de seu corpo. E assim que terminou, foi até a sala onde seus tios a esperavam e voltou a baixar o olhar envergonhada. Os tios a confortaram mas tinham de encarar a realidade. Guissepe Leonardo era o homem mais poderoso de todo aquele vilarejo, ele tinha poder sobre todas as autoridades, e mesmo que eles contassem a verdade, Guissepe poderia dizer que ela tentou o matar e ela acabaria presa, isso se ele não lhe fizesse um acordo ilícito para a soltar. Então a única solução era Lisa ir embora, sair do vilarejo e ir para um lugar onde aquele homem, sua maldade e sua influência não a encontrariam. Lisa se recusou no começo pois não queria deixar seus tios ali com medo que aquele homem fizesse algum mal a eles mas eles insistiram dizendo que assim ela poderia seguir seu sonho de estudar mais cedo e após muito relutar, Lisa acabou aceitando pois ficar podia trazer apenas mais problemas para seus tios. Então foi decidido, ela iria para Roma o mais rápido possível e lá ficaria com uma tia que trabalhava numa casa. Na manhã seguinte, Lisa estava abraçando seus tios mais uma vez com lágrimas nos olhos e se despedindo. Lisa subiu na carroça do homem que levava os vegetais e ficou ali sentada olhando seus tios que se despediam dela e via a vista que a viu crescer ficar cada vez mais distante. A garota baixou a cabeça limpando uma lágrima que lhe fugiu e logo ouviu gritos de longe. –LISA! LISA! LISA!– Lisa olhou na direção da voz e viu o rapaz que corria com todas suas forças afim de alcançar a carroça. –André!– Gritou Lisa sorrindo ao ver o Rapaz e se virou para o carroceiro. –por favor pare, Só um minuto– O homem parou o burro que puxava a carroça. –Se apresse ou vai perder o trem– Lisa pulou da carroça e correu até André que a abraçou a tirando do Chão. –Você está mesmo indo?– perguntou o rapaz. –estou.– disse baixando o olhar. –eu fui me despedir de você mas me disseram que você ainda não tinha voltado– –Eu não acredito que você está indo, Eu sei que você vai para estudar mas não seria no ano que vem? Por que está indo tão cedo?– Lisa olhou para o Rapaz por um tempo e baixou o olhar novamente, não podia dizer o real motivo de estar indo embora, se soubesse, André poderia tentar cometer uma loucura contra Guissepe e acabar preso ou pior e aquilo ela não suportaria Lisa tirou um sorriso fraco. –Eu vou ficar na casa onde uma tia está trabalhando e lá vou me preparar melhor para poder entrar na universidade– André suspirou abatido. –eu prometo que vou juntar todo meu dinheiro para ir ver você lá– Os dois sorriram um para o outro e deram um abraço. Lisa beijou a bochecha do Rapaz e olharam um para o outro segurando as mãos. –Lisa! Vamos!– gritou o carroceiro e Lisa voltou a carruagem acenando para André. André viu sua amada partir e não conteve uma lágrima que lhe fugiu enquanto a via ficar cada vez mais distante e os lindos fios dourados esvoaçavam com o vento. Sua amiga de infância, sua companheira, confidente, seu primeiro amor, ela estava partindo. André apertou o chapeu em suas mãos sentindo seu peito doer. Não queria a perder, ainda nem tinha confessado seus sentimentos por ela, não teve a oportunidade de dizer o quanto a amava. .... Ao chegar a cidade de Roma, Lisa foi recebida por sua tia na estação de Trem e após se saudarem e abraçarem, Elisabeta levou sua sobrinha até o ônibus que as deixou no bairro cheio de casarões. As duas caminharam mais um pouco até uma grande mansão que mais parecia um castelo O que deixou a garota do campo bastante impressionada. –Pronto, tome um banho e vamos almoçar, estamos muito atarefados porque o patrão chega hoje de viagem então se apresse.– disse Elisabete assim que chegaram ao quarto no anexo dos criados. –Sim.– Lisa deixou sua mala e começou a se prepare para o banho e a mulher a observava. –Você é muito bonita, está tão crescida, era só uma menina quando a vi mas agora está uma bela mulher, aqui na capital você vai arranjar um bom marido logo– –tia!– disse envergonhada. –E-eu só vim para trabalhar e estudar– –não seja boba, os homens aqui tem muito dinheiro e são bastante generosos com moças bonitas como você– Lisa baixou o olhar se lembrando do ocorrido daquele dia. A última coisa que ela queria era ver um homem como Guissepe Leonardo outra vez, um homem que usava seu poder para dominar as pessoas. Após tomar o banho, Elisabeta levou sua sobrinha até o mordomo para a apresentar, e encontrou o homem só salão de jantar atarefado dando ordens e orientando a organização do jantar de recepção de seu mestre. –Senhor Gabriel.– Chamou a mulher e o homem mais velho se virou para a encarar mas seu olhar foi atraído em direção a garota que estava ao lado dela –Pai Santíssimo...– disse o homem pálido como se tivesse visto um fantasma e se apoiou a mesa. –Senhor Gabriel!– Elisabete se aproximou dele preocupada. –o que se passa?– Perguntou Elisabeta dando um copo de água ao homem. –S-Senhorita Luna...– disse o mordomo sem tirar os olhos de Lisa que olhou para tia confusa. –Luna? Não, essa é a minha sobrinha, Lisa– Lisa curvou a cabeça em saudação ao homem que ainda a encarava. –Lisa?– –Sim ela é do interior acabou de chegar, o senhor disse que deveria chamar mais moças para ajudar nos trabalhos de casa agora que o patrão vai voltar e eu pensei nela, não é uma moça bonita? Pode até trabalhar na casa grande não acha?– –Não!– disse o homem num tom alto que assustou as duas. –ela não pode trabalhar na casa grande, ou melhor, ela não pode trabalhar aqui– –o que? Por que? Ela pode parecer fraca mas é muito forte e faz todos os trabalhos de casa direitinho, além disso é muito inteligente e...– –eu disse não! Essa moça não pode ficar aqui, o patrão Não a pode ver, então a tire daqui imediatamente antes que ele chegue.– disse com a expressão séria e dura assustando ainda mais as duas que se entre olharam. –para o bem de todos, é melhor que ela saia dessa casa––Tia eu não posso voltar para toscana, se eu não poder ficar aqui eu não terei para onde ir– –fique calma.– Elisabeta falou para sua sobrinha ali no quarto. –Eu vou resolver isso, o Gabriel é um velho ranzinza mas ele deve estar ocupado com o jantar, depois eu falo com ele. Agora venha almoçar antes que os trabalhos começem. Elisabete levou sua sobrinha até a cozinha. –Elisabeta, Onde esteve? Me deixou aqui sozinha, sabe que o patrão vem hoje e temos muito que fazer.– Reclamou a cozinheira que servia para os demais funcionários da casa que almoçavam ali na cozinha do Anexo dos criados. –Eu disse a você que iria a estação pegar a minha sobrinha– –ah e onde ela está?– perguntou a mulher e viu a garota entrar ali na cozinha. –Boa tarde.– saudou Lisa com um sorriso educado. Todos se viraram para ver a tal sobrinha. –Madona Mia...– disse a cozinheira deixando cair a colher, e mais 6 pessoas ali se engasgaram, deixaram cair a colher o copo, e tossiam engasgados desde os
A comitiva de carros pretos entrou pelos portões da mansão, e o carro onde estava o chefe parou de frente a entrada da mansão onde estavam os criados em fila aguardando para receber seu patrão. A porta do carro foi aberta por um dos seguranças e de lá Desceu o homem de terno preto, cabelos pretos curtos num penteado simples mas elegante que combinava perfeitamente com seu rosto masculino, dono de um belo par de olhos azuis e um corpo com ombros largos e braços firmes assim como suas pernas. –Seja bem vindo Senhor Giovanni!– saudaram os criados num tom ordenado assim como suas posturas. O homem apenas fez um aceno de cabeça respondendo a saudação. –Seja bem vindo mestre.– Saudou o mordomo se aproximando do homem. –Gabriel!– Giovanni tirou um sorriso simples ao ver o homem mais velho, e abriu os braços indo até ele lhe dando um abraço e dois beijos no rosto. –Você organizou tudo isso? Deve tirar umas férias para descansar um pouco.– disse caminhando para dentro da mansão com
Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda fixos na mulher a sua frente. –S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso. –Luna... Minha Luna– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia. –É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas mãos. Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero o que fez seu corpo congelar quando o homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar. –Você está aqui, você voltou para mim– Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do home
–Acerte todas as contas com ela e a tire da minha casa, eu não a quero ver na minha frente outra vez– Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala sem olhar para trás. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Ela não podia ser expulsa, não podia voltar para toscana, não tinha para onde ir. Seria por ter o rejeitado na noite anterior? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem, e um quarto numa pensão onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino outra vez e saiu da casa com um futuro incerto sem saber para onde ir. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinha o olhar fixo na parede do escritório. G
Antônio e Gabriel saíram da sala. –Nós não podemos fazer isso, não podemos trazer a garota de volta!– comentou Gabriel. –Eu sei mas viu o estado dele? A última vez que ele ficou assim foi quando perdeu a senhora Luna– –Mas aquela garota não é a senhor Luna!– –Mas e se ele voltar a ter uma crise? E se essa garota for a solução para ele se recuperar de vez?– –e se for apenas uma espiã enviada por outros grupos?– –Nós não temos outra escolha, sabe que se não o fizer ele fará por si mesmo e a encontrará de qualquer forma, temos de trazer aquela garota de volta se não quisermos perder o chefe outra vez– Gabriel suspirou frustrado, lhe custava admitir mas realmente era aquilo ou ver seu chefe perder o juízo outra vez. Tinham de encontrar aquela garota e a trazer de volta. ....... Lisa estava sentada na cama da pensão perto da estação de trem encarando o nada e perdida em pensamentos. Não sabia o que fazer, não podia voltar para Toscana pois aquele homem ainda estaria lá a
Lisa baixou a cabeça se rendendo, não podia deixar André morrer ali e por culpa sua. Giovanni fez um gesto com a cabeça para um de seus homens que entrou no quarto. –Espero que tenha ficado claro, se obedecer, ele ficará bem, caso não...– Giovanni aproximou seu rosto ao dela. –Eu garanto que você nunca mais o verá– Lisa sentiu seu braço voltar a ser puxado e dessa vez seguiu o homem sem oferecer resistência alguma até o carro. Alguns minutos depois, uma ambulância chegou e Lisa viu André sendo colocado nela numa maca e a ambulância partiu. –Satisfeita?– perguntou Giovanni que estava sentado no banco da frente do carro ao lado do motorista olhando para garota pelo espelho retrovisor. Lisa apenas baixou o olhar e sentiu outra lágrima lhe fugir. Pensou que nenhum homem podia ser pior que Guissepe Leonardo, mas aquele homem... ele era o pior. ...... Gabriel viu Giovanni entrar na mansão com a garota e suspirou derrotado pensando em como tudo iria começar de novo. –Man
Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto. –ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do ciúme irracional que sentiu ao ver aquela garota com aquele rapaz no quarto e a irritação que sentiu ao ver ela chorar e implorar por outro homem –eu vou enlouquecer de vez– disse e saiu do quarto. Giovanni chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Moça que o senhor trouxe ontem–
Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava fora de si, e agora ela era só uma empregada comum e invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso noturno e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquel