Jorge a envolveu com o casaco.
— Não vou deixar você vir até mim à toa. Daqui para frente, sou eu que vou atrás de você.
Isabela sorriu, mas os olhos se encheram de lágrimas.
Ela não sabia por quê, mas sentia o nariz arder, a garganta apertar... E uma vontade imensa de chorar.
— Quer ir lá para minha casa? — Jorge perguntou, inclinando o rosto na direção dela.
Isabela assentiu com a cabeça, ainda aninhada no peito dele.
— Tá bom.
Lara provavelmente já tinha levado Fernanda de volta. Em casa, restavam apenas Tomas e Felícia. Perfeito para deixar espaço para eles.
Isabela esperava, do fundo do coração, que os dois pudessem se acertar de vez.
— Está com frio? Vamos para o carro.
Isabela balançou a cabeça.
— Quero andar um pouco com você.
— Tá bom.
Ela se aconchegou mais no casaco dele, passando os braços ao redor da cintura de Jorge.
Na verdade, quando nevava, nem era tão frio assim.
O que doía de verdade era quando a neve começava a derreter.
Eles seguiram caminhando pela rua como um cas