O silêncio depois do confronto era quase tão sufocante quanto a presença de Morghast havia sido. As brasas da fogueira estalavam baixo, lançando sombras irregulares nas árvores de Myralis, mas o que realmente pesava ali não era a escuridão da floresta — era a tensão que agora se instalava entre eles.
Branik chutou uma tora caída, bufando.
— Isso não faz sentido. Como é que... como é que aquele maldito sabia onde estávamos? — Sua mão apertava o cabo do machado com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos.
Selene girava uma adaga nos dedos, impaciente.
— Alguém o trouxe. — Seu olhar cortou o acampamento até se fixar em Eros. — E eu tenho um palpite bem claro de quem.
Eros, que surgira minutos depois do confronto, ainda com folhas grudadas nas roupas e a respiração descompassada, parou de ajeitar o cinto da espada. O olhar turquesa, ofuscado, estava mais sombrio do que nunca.
— Como é? — a voz saiu baixa, mas carregada de ameaça.
— Você não tava aqui! — disparou Silas, apontan