Thenos fechou a porta do grande salão com um estalo seco. O ar ainda carregava o cheiro de velas e vinho, mas a atmosfera estava mais densa do que nunca. Os conselheiros de Vermon se entreolhavam, inquietos, tentando decifrar o que as palavras de Thenos significavam.
— Uma descendente direta? — murmurou um deles, franzindo a testa. — Pensei que a linhagem tivesse sido apagada.
— Isso foi o que acreditamos por anos — disse Thenos, passando os olhos pelos rostos pálidos à sua frente. — Mas Elsha teve uma neta. E ela está viva. Escapou por pouco, mas deixou provas. Nome, histórias, intenções.
O mapa do reino estava estendido sobre a mesa de pedra ao centro. Thenos encostou um dedo na região dos campos do norte.
— Ela se escondia aqui. Em uma casa de pedra e madeira, coberta pela mata. Era quase invisível. Se não fosse pelo bilhete...
Um dos conselheiros o interrompeu:
— Bilhete?
Thenos assentiu, puxando o papel dobrado do bolso interno da capa.
— Alguém no vilarejo a entregou. Sem assina