João ajudou Amanda a subir as escadas. Ela estava pálida, os passos lentos, ainda se recuperando, mas sua mente estava mais ativa do que nunca. Ao entrar no quarto, ela pediu com voz serena, porém firme:
— João... fecha a porta... me deixa um instante sozinha... eu preciso... eu preciso pensar... tomar um banho...
— Amanda, não me pede isso... — ele segurou as mãos dela, aflito. — Você acabou de sair do hospital, olha o seu estado!
Ela respirou fundo, segurou o rosto de João com as duas mãos e, olhando nos olhos dele, falou com doçura e firmeza:
— Por favor... me dá esse minuto... confia em mim... só esse minuto...
João, relutante, acariciou o rosto dela, respirou fundo e assentiu. — Tá... mas eu tô aqui na porta... qualquer coisa me chama...
Assim que ele fechou a porta, Amanda foi até uma cômoda antiga, abriu a última gaveta, retirou uma peça falsa do fundo e, de lá, puxou um celular pequeno, todo preto, sem rastreio.
Ligou imediatamente. O telefone tocou duas vezes, até que uma voz