Enquanto João atravessava a varanda com Amanda nos braços, Ana os observava com ternura. Os dois filhos, tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo, agora pareciam finalmente em paz um com o outro — e com o próprio coração.
— Fico feliz em ver vocês assim — disse Ana, com a voz doce e um sorriso que iluminava seu rosto sereno.
Amanda, ainda aninhada no colo de João, riu baixinho, com aquele brilho travesso no olhar que ela sabia esconder tão bem de todos — menos de João e da mãe.
— Mamãe, estou ficando mal acostumada com tanto mimo. Esse homem não me deixa nem pisar no chão — falou, fazendo um leve biquinho e depois depositando um beijo carinhoso na bochecha de João.
João, sem perder o tom divertido e apaixonado, respondeu com orgulho:
— Você merece, marrenta... cada segundo disso.
Ana ria, balançando a cabeça:
— Só vocês dois mesmo... Amanda, que mundo é esse onde você está falando em ficar mal acostumada com carinho?
— Pois é, mamãe... nem eu me reconheço — respondeu Amanda com um