O carro mal parou diante da casa quando Rafael já abriu a porta, movido por uma mistura de urgência e desespero contido. Ele deu a volta rápido, pronto para abrir a porta do passageiro, mas não teve tempo.
Liandra já tinha aberto..
Ela desceu sozinha, sem olhar para ele, sem dizer uma única palavra.
O silêncio dela cortou mais fundo do que qualquer grito poderia ter feito.
Rafael deu um passo à frente.
— Liandra… — chamou, baixo, quase um pedido.
Ela não virou.
Não diminuiu o passo.
Não reconheceu a voz dele.
Simplesmente atravessou o caminho até a porta da casa com movimentos automáticos, como alguém que está se segurando por fios invisíveis.
Havia uma barreira entre eles.
Uma que não existia naquela manhã… e agora estava ali, enorme.
Rafael seguiu atrás, não como Alfa, mas como homem… como companheiro ferido por vê-la assim.
E cada passo dela parecia arrancar um pedaço do peito dele.
Dentro de casa, ela subiu as escadas.
Ele acompanhou, sem tocá-la, sem