Rafael ficou parado na porta da casa dos pais de Liandra por alguns segundos, observando a entrada por onde ela havia desaparecido.
Nenhum passo atrás.
Nenhum olhar de volta.
Ele não esperava que houvesse.
Não depois de tudo.
Respirou fundo, deixando o ar frio de Chicago atravessar o peito como um choque de realidade.
Então virou as costas e caminhou até o carro alugado, mãos firmes no volante, mente organizada como conseguia, apesar do caos interno.
A única coisa que ecoava era a última frase dela:
Se eu precisar… eu te procuro.
O lobo dele rosnou baixo, descontente com a distância.
Rafael precisou de força dobrada para mantê-lo quieto.
Ele não veio para invadir.
Não veio para reivindicar o que não lhe cabia.
Veio apenas para estar por perto.
E isso era tudo o que podia oferecer agora.
Liandra, do lado de dentro, caminhou pelos corredores até a sala.
A mãe se levantou imediatamente, surpresa.
— Está tudo bem, meu amor? Você nem avisou que viria.
Li