O salão estava silencioso quando as portas se abriram.
Felipe manteve-se imóvel, o olhar fixo na entrada.
E então ela surgiu.
Alice.
O tempo parou.
Os sons se apagaram.
O ar pareceu mudar de peso, de ritmo, de cor.
Ela caminhava em direção a ele com uma graça quase hipnótica, o vestido claro movendo-se com fluidez a cada passo.
O tecido delicado moldava o corpo dela com uma elegância serena, nada extravagante, nada ensaiado, apenas natural.
Havia algo em sua presença que ultrapassava a beleza: uma força silenciosa, que parecia irradiar do olhar, do modo como os ombros se mantinham retos, da leveza dos gestos.
Felipe a observava, incapaz de disfarçar o que sentia.
Ela era o centro de tudo.
O sol dele.
O motivo de cada escolha, o destino pelo qual lutaria sem hesitar.
Cada passo que ela dava ecoava dentro dele como um lembrete de tudo o que enfrentaram e do que ainda enfrentariam.
E, pela primeira vez, ele entendeu o que significava ter um lar.
Quando ela