O relógio marcava pouco depois das cinco quando Rafael ajeitou o paletó e fez um leve gesto para o Gama se aproximar.
O lobo, de semblante sério e postura impecável, parou diante dele.
— Senhor?
— Preciso que descubra algo. — disse Rafael, em voz calma. — A loba que acompanha a humana do Alfa Orsine. Alta, morena, olhar firme.
O Gama assentiu, profissional. — Quer que eu pergunte diretamente?
— Não. Seja discreto.
O Gama afastou-se, e Rafael ficou observando o jardim lá embaixo.
A cerimônia da nomeação da Luna começaria em pouco tempo.
Mas ele não conseguia pensar em nada além daquele perfume que ainda o perseguia desde o almoço.
Jasmim.
Suave e profundo, como se tivesse se prendido à alma dele.
O Gama voltou vinte minutos depois.
— Liandra Vilhena — disse sem rodeios. — Irmã do Beta André. Voltou há pouco à matilha depois de três anos fora. Jovem, mas muito respeitada.
Rafael apenas assentiu.
Liandra.
O nome soou certo demais para ser coincidência.
Ele agradeceu em si