O ronco do motor do jato privado era suave, quase elegante, enquanto Liandra subia os degraus devagar.
O vento gelado do começo da tarde arrepiou seus braços, mas o calor que sentiu quando Rafael colocou a mão em suas costas anulou qualquer frio.
Ela entrou na cabine e parou por um instante.
Tudo ali parecia… novo.
Luzes suaves. O cheiro limpo. A temperatura perfeita.
E no centro, uma mesa com duas garrafas de água, cobertores dobrados e dois fones de ouvido.
Ele pensou em tudo.
Liandra se virou devagar.
Rafael estava parado na porta, observando-a como se cada gesto dela fosse a única coisa que existia no mundo.
Ele não precisou tocar nela para que ela sentisse.
Não precisou falar para que ela entendesse.
Ela era o centro dele.
— Gostou? — ele perguntou, com a voz baixa demais para ser casual.
— Gostei — ela respondeu, e foi honesto demais para ser um simples comentário.
Rafael fechou a porta, subiu os últimos degraus e entrou.
Quando passou por ela, o cheiro dele mirti