Depois do almoço, Dmitry decidiu levá-la para conhecer a mansão. O que ela aceitou de bom grado, pois precisava aliviar a sensação de ter estado trancada naquele quarto desde o começo da manhã.
— Uau… — Susan deixou escapar, os olhos percorrendo cada detalhe com admiração genuína. — Isso é coisa de filme. Sério. Eu juro que ouvi um coral celestial assim que essa porta se abriu.
Dmitry soltou um riso baixo, o som grave reverberando no espaço silencioso da biblioteca.
— É o único lugar da casa onde consigo pensar sem ninguém me interromper. Nem Natália pisa aqui. — Ele fechou a porta atrás deles, caminhando devagar até uma das estantes, os dedos deslizando pela madeira escura e polida. — A maioria dos livros é em russo antigo... Mas há algumas preciosidades em inglês, francês, latim...
— Tem algum em português? — Ela perguntou, sorrindo de lado.
— Ainda não. Mas posso providenciar. — Dmitry se virou, e seus olhos estavam fixos nela, como se não fossem as prateleiras o que ele mais apre