Vale de Zimorodok – Sala do Conselho dos Anciãos do clã Kovalenko
A sala estava silenciosa, envolta pelo frio ancestral das pedras negras. O brasão esculpido na parede lançava uma sombra longa, como se o próprio tempo observasse.
Fidor Kovalenko, vestindo o sobretudo cerimonial do clã, permanecia diante da grande mesa de pedra, braços cruzados, a expressão cerrada. Ao lado dele, imóvel como uma estátua viva, Yakov Kovalenko, o mais velho dos anciãos, mantinha os olhos pálidos voltados à porta, como se aguardasse por uma revelação inevitável.
Sobre a mesa, um pergaminho antigo estava aberto, exibindo símbolos rúnicos tingidos em vermelho-escuro. O cheiro metálico e quase vivo denunciava a natureza proibida daquilo.
— Magia de sangue… — Murmurou Fidor, a voz carregada de repulsa e raiva. — E não de qualquer fonte. Isso é nosso. Kovalenko.
Yakov inclinou levemente a cabeça, confirmando.
— O traço é inconfundível. Apenas nossos feiticeiros dominam essa teia de essência.
Fidor apertou o pu